Alladin e a Lâmpada Maravilhosa "Da coletânea As Mil e uma noites"





O conto  "Alladin e a Lâmpada maravilhosa é uma estória fictícia que pode ter se passado no Turquestão (passando pela Ásia Central e na moderna província de Xinjiang); com ensinamentos para a humanidade,  pertence à coletânea de Contos "As Mil e uma noites" na qual Sherazade conta essa e mais mil e uma estórias para persuadir seu esposo "O Sultão" rancoroso da traição de sua primeira esposa a não  matá-la e livrar aquele reino da chacina de esposas reais e trazer assim a paz ao  e retomar a confiança do Sultão para com o ser feminino.


Alladin é um nome árabe que significa "nobreza e fé", esse conto é o mais famoso do livro "As mil e uma noites", e foi traduzido pelo francês Antoine Galland no século XVIII e popularizou a obra para o ocidente,  a estória a seguir é a verdadeira do livro "As mil e um noite" A versão atual da Disney é um pouco diferente com mais personagens para a estória tornar se mais interessante para o cinema,  o nome da Princesa na estória verdadeira não aparece, mas na adaptação da Disney é Jasmine, provavelmente eles farão uma produção com a estória Chinesa.

"Sherazade contando a estória do Alladin e a Lâmpada maravilhosa"

ALLADIN E A LÂMPADA MARAVILHOSA

Era uma vez um rapaz chamado Alladin, muito cedo ele perdeu o pai Alfaiate e sua mãe costurava dia e noite para sustentá lo.
Ele ficava pelas ruas sem fazer nada, matando o tempo quando um dia um homem apareceu diante dele dizendo que era seu tio que há muito tempo perdeu o contato com o irmão, reconheceu Alladin pelos traços familiares, disse também que era muito rico e queria dar uma boa vida ao sobrinho e cunhada; logo o homem tirou do bolso umas moedas e as deu a Alladin, pois iria ter com eles para o jantar e as moedas eram para as despesas; na verdade esse suposto tio era um mágico procurando um jovem de bom coração e humilde para um determinado trabalho.

"Alladin o e Mágico"

A mãe de Aladdin fez as compras e passou o dia preparando o jantar, e ao cair da noite o Velho homem  veio à casa com doces e presentes para a Senhora e foi recepcionado Por ambos.
Depois do jantar, o mágico disse a Alladin que gostaria de ajudá-lo com roupas, com uma vida melhor e foi nesse ínterim que  o mágico perguntou se o rapaz tinha alguma ocupação, a mãe respondeu que Alladin ficava o dia inteiro sem fazer nada, então o Tio sugeriu comprar uma loja para Alladin trabalhar e nisso A mãe e o Rapaz ficaram muito felizes.
O Tio e Alladin foram comprar roupas novas, foram em festas, passear pela cidade e a mãe ficou maravilhada com toda aquela mudança de sorte.
Depois de alguns dias O mágico chamou Alladin para um passeio diferente, o rapaz se despediu da mãe e foram para uma aventura que iria mudar muito mais a vida do jovem e sua mãe.
Andaram muito, muito mesmo, até chegarem à uma fonte de água clara. O mágico abriu um embrulho de frutas e bolos. Quando acabaram de comer, continuaram a andar um pouco mais até que chegaram a um vale estreito, cercado de montanhas. Era este o lugar que o homem esperava encontrar. Ele havia levado Alladin ali por um motivo secreto.
Após terem chegado, O mágico pediu para o jovem juntar gravetos e o velho homem acendeu o fogo jogou nos gravetos, atiou incenso, pronunciou umas palavras e apareceu num passe de mágica uma  pedra com uma grande argola, Alladin ficou um pouco confuso e temeroso, mas se acalmou e o medo desapareceu quando o mágico lhe disse sobre as riquezas que o jovem iria ganhar se o ajudasse, para isso Alladin teria que fazer o que o homem pedisse.
O mágico começou com as instruções para que Alladin movesse a argola, debaixo da pedra havia uma escada, descesse os degraus e abrisse a porta, antes disso, "o mágico deu um anel a Alladin que era para proteção de maus espirito"; lá havia um palácio e três enormes salões, tinha quatro vasos cheios de ouro e  diamantes, o Mágico o instruiu para não mexer nos vasos, Alladin tinha que passar pelos três salões sem parar, no fim do terceiro salão havia uma porta que "daria" para um pomar, onde haviam árvores carregadas de frutas, após o pomar chegaria ao um muro no qual encontraria um nicho, e lá estaria uma lâmpada acesa, era para pegar a lâmpada, jogar fora o pavio e o azeite, e trazê-la o mais depressa possível para fora daquele palácio, e foi o que o jovem fez.

"Alladin e a Lâmpada Maravilhosa"

No pomar Alladin ficou fascinado com as frutas e resolveu colhê-las e sua surpresa "elas eram pedras preciosas", o jovem pegou tudo que podia e voltou para fora do pomar, já nas escadas ele pediu ajuda ao mágico e esse ordenou  a lâmpada primeiro, o rapaz argumentou estar com muitas coisas consigo e depois lhe entregaria a lâmpada; o mágico irritado com a audácia de Alladin jogou incenso e proferiu umas palavras mágicas e a pedra se fechou com o jovem preso lá dentro.
Quando Alladin se viu na escuridão, tentou atingir novamente a porta que conduzia aos salões para ver se conseguia chegar ao pomar. A porta, porém, estava fechada. Durante três dias, Alladin permaneceu na escuridão, sem comer, nem beber. Por fim, juntou as mãos em uma prece, ao fazê-lo, esfregou o anel que o mágico tinha posto em seu dedo. No mesmo instante, um gênio, enorme  surgiu da terra e disse que era o Gênio do anel e estava ali para servi-lo e o jovem desejou ir para casa e assim o Gênio do anel realizou.

"Alladin e o Gênio do anel"

Chegando em casa Alladin entregou à mãe  as frutas e a lâmpada, e contou o que tinha acontecido, a senhora ficou desapontada e muito triste.
O rapaz pediu algo para comer e Sua mãe lhe disse que não tinha nada e naquele o que restava  era examinar a lâmpada e as frutas; ele começou a limpar a lâmpada e algo aconteceu, de dentro da lâmpada saiu um gênio enorme e falou que era o Gênio da lâmpada e obedeceria todos os desejos a quem a segurasse e Alladin foi fazendo pedidos, comida farta, escravos, uma boa casa, resumindo uma boa e confortável vida para ele  e sua mãe.

"Alladin e o Gênio da lâmpada"

Um dia, o imperador pediu para esvaziarem as ruas, pois a Princesa iria tomar banho de mar e ninguém poderia ver lhe o rosto, Alladin soube disso e burlou a segurança e vou ter com a filha do imperador, ela gostou do rapaz e decidiu mostrar o belo rosto a ele, foi amor a primeira vista entre os dois e o rapaz decidiu casar com a bela donzela.

"A bela Filha do Imperador"

Sendo assim, mais que depressa, o jovem
pediu a sua mãe que fosse ao Castelo do Imperador e transmitir o pedido de casamento; após uma semana o Imperador a atendeu, e vendo os presentes que ela trazia "pedras e preciosas e ouro" ficou maravilhado e concederia  se o pretendente da próxima vez para consolidar o pedido trouxesse 40 escravos ricamente vestidos, carregando cada um cesto de predras preciosas e ouro. A mãe de Alladin voltou para casa pensando que tudo estivesse perdido, deu o recado ao filho esperando que, com isso, ele desistisse. Alladin sorriu, e quando a mãe se afastou, apanhou a lâmpada e esfregou-a. O gênio apareceu no mesmo instante e ele pediu-lhe que arranjasse tudo que o sultão havia pedido. O gênio desapareceu e voltou trazendo quarenta escravos, cada um carregando na cabeça uma vaso cheio de pérolas, rubis, diamantes, esmeraldas, safiras e ametistas. Alladin ordenou-lhes que se dirigissem ao palácio, dois a dois, e pediu à sua mãe que entregasse o presente ao Imperador. Os escravos estavam tão ricamente vestidos e todos nas ruas, paravam para vê-los. Entraram no palácio e ajoelharam-se em frente ao Imperador, formando um semi-círculo. Os Escravos colocaram os vasos sobre o tapete.
O Imperador ficou muito feliz e extasiado com tanta riqueza e concedeu a mão da Princesa à Alladin; a mãe veio correndo dar a boa notícia e o Jovem pediu para Seu Gênio mais riquezas e um suntoso  Castelo com tudo que era de mais valioso dentro e fora dele para a vida de casado. E foi realizado.

"Alladin e sua Esposa"

Finalmente, Alladin se casa com a linda Princesa numa festa "para lá de Bagdá" e viveram muito felizes, o Jovem era muito querido na cidade por ser uma pessoa muito generosa e assim o tempo foi passando.
Certo dia a Princesa viu aquela lâmpada velha no quarto do casal e pediu para trocá-la por uma nova, quem já estava lá à espreita era o Mágico, desde que soube da ascenção de Alladin, logo percebeu que era devido ao "Gênio" tanto querido por ele.
O mágico, muito contente, deu-lhe a melhor lâmpada que tinha, e saiu correndo para a floresta. Quando anoiteceu, chamou o gênio da lâmpada e ordenou que o palácio, a princesa e ele próprio fossem carregados para a África.
O Imperador ficou desesperado quando descobriu que a filha e o palácio tinham desaparecido. Enviou soldados à procura de Alladin, que foi trazido à sua presença e o intimou trazer a filha, se isso não acontecesse o prenderia no calabouço.

"O Imperador desolado"

Alladin vagou por toda a cidade, perguntando às pessoas que encontrava o que havia acontecido ao seu palácio. Ninguém sabia dar-lhe informação . Depois de muito andar, parou num riacho para matar a sede. Abaixou-se e juntou as mãos para apanhar um pouco de água. Ao fazê-lo, esfregou o anel mágico que trazia no dedo. O gênio do anel apareceu e perguntou-lhe o que queria, Aladdin desesperado pediu sua esposa e tudo de volta, mas o Gênio não era tão poderoso o máximo que poderia fazer era levá-lo para aonde sua esposa e sua fortuna estava e assim foi feito.
Imediatamnete, o rapaz sentiu-se carregado pelos ares. Finalmente chegou a um país estranho, onde logo avistou o palácio. 

"O Castelo"

A princesa estava chorando em seu quarto, quando viu Alladin ficou muito contente. Correu ao seu encontro e contou-lhe tudo o que havia acontecido. Alladin ao ouvir falar na troca das lâmpadas, percebeu logo que o mágico era o causador de toda aquela aflição, a esposa disse que a lâmpada estava sempre presa no corpo do mágico, e veio uma idéia na mente de Alladin.
O Jovem foi à cidade e comprou um pó que fazia a pessoa dormir instantaneamente. A princesa convidou o mágico para jantar em sua companhia. Enquanto comiam os primeiros pratos, ela pediu a um criado que lhe trouxesse dois copos de vinho, que ela havia preparado. O mágico, encantado com tanta gentileza, bebeu o vinho no qual ela havia derramado certa quantidade do pó. Suas idéias foram ficando meio confusas e ele acabou pegando no sono.

"A armadilha para o Mágico"

Alladin, que estava escondido atrás de uma cortina, veio depressa e apanhou a lâmpada do cinturão do velho mágico. Depois mandou que os empregados o carregassem para fora do palácio e o deixassem bem longe dali. A seguir, esfregou a lâmpada e, quando o gênio apareceu, pediu-lhe que levasse o palácio de volta. Algumas horas mais tarde, o Imperador olhando pela janela, viu o palácio de Alladin brilhando ao sol, mandou então, dar uma festa que durou uma semana.
O mágico, quando acordou no dia seguinte e se viu no meio da rua sem a lâmpada, ficou desesperado, fugiu para bem longe e nunca mais voltou.
Alladin e a esposa viveram felizes para sempre com muita riqueza,  súditos prósperos e felicidade, ele decidiu não usar mais a Lâmpada, pois tinha aprendido que tudo tem um limite na vida.

"Alladin e sua Esposa"



MORAL DA ESTÓRIA

Toda a mitologia tem um fundo moral, esse conto "Alladin e a Lâmpada Maravilhosa" possue muitos ensinamentos,  os quais servem de aprendizagem para compor as ações humanas.
Alladin era uma pessoa simples, humilde a qual a mãe trabalhava muito para sustentá-lo, apesar do rapaz não fazer nada o dia inteiro, ele foi escolhido por Deus ou pelo destino para ter a sorte mudada.
"O Gênio ou Jinn" na mitologia do Oriente Médio, partes da Índia e algumas regiões Asiaticas é na verdade um ser malígno que se alimenta da vaidade humana " desejos" que  consequentemente destrói o indivíduo.O primeiro Gênio significa as forças benignas, "anjo" que ajuda nas horas ruins, o segundo Gênio, é a sorte para bens materiais; no caso da personagem "Alladin" , ele foi agraciado com um "Anjo da Guarda" e a sorte de Deus para prosperidade, ao pedir riquezas para si Alladin pensou no próximo, ou seja, dividiu a sua sorte com os outros, ele não esqueceu dos tempos de miséria dos quais passou com a mãe e assim continuou apesar de muito rico, "Humilde".
O Mágico representa a "ganância" e outras vaidades humanas que denigrem o ser humano, ele apesar de um ser que possue muito conhecimento,  não usou a sabedoria e um certo "poder" que tinha para ajudar o próximo, mas os usava para si mesmo; quando ele recuperou a lâmpada "O egoísmo" falou mais alto, e foi sua destruição.
"O ser humano não é perfeito, mas temos que fazer o possível nessa vida para deixar o "Egoísmo" e praticar a "Solidariedade"



Por Lady Hannah


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Fontes: Livros de literatura, sites de busca de mitologia Árabe e Chinesa

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