Linha Mortal filme de 1990 - Resumo e Possível Análise

"Linha Mortal, filme de 1990"

 


Flatliners (Linha Mortal) em Português , um filme  de 1990, dirigido por Joel Shcumacher,  o qual conta a estória  de um estudante de medicina, Nelson ( Kiefer Sutherland), que está obcecado com a idéia de descobrir o que ocorreria após a morte, já que, para ele, religião e filosofia falharam nesse ponto. Para tanto, se reúne com alguns colegas David Labraccio (Kevin Bacon), Rachael (Julia Roberta), Randy (Oliver Platt), Joel  (Willian Baldwin) para por seu plano em prática.



Os Estudantes se reuniram em uma sala da Universidade e puseram o plano em prática, o intuíto era provocar uma parada cardíaca,  e causar a morte por ela, mas o corpo deveria manter no mínimo 27 graus para que as células cerebrais não se danificassem.


O primeiro a fazer a experiência foi o Nelson; após a morte, ele teve memórias com um colega de escola "Billy Mahony", o qual sofreu bullying por ele e não estava mais nesse plano, voltou da experiência trazido por Labraccio; aliás, todos os participantes, tinham uma função específica no experimento.


O segundo a participar da experiência foi o Joe, o qual teve memórias de como era tratado pelas mulheres desde de criança.


A terceira o Labraccio, as memórias dele também foram de criança na época da escola, quando ele e outros cometiam bullying com uma colega Afro "Winnie" (Kimberly Hoston).


A quarta a participar foi a Rachel, a qual sempre quiz saber, se as pessoas iriam para um bom lugar ou não após a morte, e sua experiência foi com memórias de criança, quando seu pai se suicidou-se.


O único que não participou da experiência foi Randy, mesmo porque, estava ficando perigoso, pois Nelson viu o Billy Mahonny e apanhava dele em visões, o mesmo acontecia com os demais: Joe com mulheres, as quais ele filmava em relações íntimas, Labraccio com Winnie o chingando o tempo todo e Raquel com a culpa de ver o pai morte em suicídio.


David Labraccio teve a idéia, talvez se procurasse Winnie e pedisse desculpas para ela, suas visões de culpa perante ela terminasse, e assim ele o fez.


E avisou a todos sobre aquela forma de se redimirem com. Monstros passados; Joe com as mulheres; no caso de Raquel o pai, o qual desculpou-se, por ter cometido suicidiu, pois a filha o havia visto se drogando. 


Sobrou o Nelson, este, decidiu ir para a linha mortal e retificar o erro dele com Billy , deu adeus por fone para Rachel e foi sozinho entrar na experiência novamente; quando seus colegas chegaram ele já estava morto a muito tempo, tentavam reanimar e ele em outra dimensão, com Billy o exterminando, estava praticamente morto de verdade, mas algo além da compreensão e Labraccio o trouxeram de volta. Billy realizou sua vingança contra Nelson e ele pagou sua dívida.


"Não é uma hora boa para morrer", frase 
Do filme" 


Possível Análise


O nome "Linha Mortal" é aquela linha, a qual aparece na máquina quando o paciente morre, uma linha horizontal; houve um "Remake" desse enredo em 2017, mas não deu muito certo, mesmo com o Ator Kiefer Sutherland participando da trama.


O conflito entre ciência e religião também aparece: os estudantes pensam em “Deus” nos momentos mais difíceis do filme. Quando Joe, Rachel, Nelson e David estão sofrendo diante da manifestação de seus traumas do passado, Randy diz “estamos pagando pela nossa arrogância”,  a arrogância, neste caso, seria a pretensão científica de obter respostas que entram no domínio religioso; o que se confirma no final do filme, quando os estudantes não estão conseguindo trazer Nelson de volta e David suplica “desculpe Deus, nós penetramos o seu território”. A ideologia religiosa que se manifesta no filme é predominantemente cristã, mas percebe-se a presença do conceito hindu os “karmas” , os quais temos que pagar, resultantes de ações de vidas passadas, ou vida presente;  também incorporada no Espiritismo é destacado pelo Billy e O Pai de Raquel, estão mortos, mas não esqueceram de acontecimentos da vida na terra.


Por outro lado, os Estudantes cientistas levaram tão a sério, sobre àquelas lembranças e alucinações que os acompanharam depois da experiência, que pouparam (Randy) e ele mesmo se poupou de participar do experimento, que envolvia coisas do além da imaginação.


Muitas são as experiências na linha mortal, tais como ver anjos,  entes queridos falecidos, andar por um túnel em direção a uma luz brilhante, ver pessoas desconhecidas sorrindo e vestido de branco, aparições de borboletas e libérulas , déjà vus, etc. Quem passou por essas experiências, passam a ter uma visão diferente do que é a vida nesse plano; pois sabem, ou pelo menos acreditam ter um mundo Paralelo a esse; cada experiência é diferente a cada um.




Algo interessante no enredo do filme é as memórias serem quando os Estudantes de medicina eram crianças;  em um entendimento direto, enfatiza que não somos inocentes quando somos crianças, se fizermos algo errado, e como pessoas de outras idades pagaremos as nossas faltas.


O filme apesar de ser ficção científica, possue os traços do questionamento "do que há após a morte do corpo"; é talvez o que todos os Médicos perguntam, quando se deparam com a morte todos os dias  em seus estudos; por consequência, encontramos cientistas completamente Ateu, outros com a visão Metafísica e outros, os quais possuem alguma religião; no sentido geral; a maioria é Ateu.


Linha Mortal, ilustra muito bem as ideologias que atravessam os discursos sobre as experiências de quase-morte. Curiosamente, o filme termina com a imagem de “Deus” apontando o dedo para nós, que assistimos ao filme, transmitindo a noção do poder Dele sobre nós diante das nossas escolhas, e do nosso livre-arbítrio perante elas, trazendo boas ou más consequências. Uma trama que coloca em pauta aspectos como: Ciência, Espiritualidade e Filosofias.


Para assistir o filme click no link:

https://youtu.be/YGbek2opYe4




Por Lady Hannah

Fontes: Sites cinematográficos, Wikipédia, o filme 





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