O Mortal Imortal - Conto de Mary Shelly (Resumo e Possível Análise)

 

"Mary Shelley"


Mary Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin (Somers Town, Londres, 30 de agosto de 1797 – Chester Square, Londres, 1 de fevereiro de 1851), mais conhecida por Mary Shelley, foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da feminista e escritora Mary Wollstonecraft.
Mary Shelley foi autora, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens, mais conhecida por seu romance gótico, Frankenstein: ou O Moderno Prometeus(1818). Ela também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley, com quem se casou em 1816, após o suicídio de sua primeira esposa.Em 1822, seu marido afogou-se quando seu barco afundou durante uma tempestade na Baía de La Spezia. Um ano depois, Mary Shelley retornou a Inglaterra, devotando-se, desde então à educação de seu filho e à carreira como autora profissional. A última década de sua vida foi marcada pela doença, provavelmente causada pelo tumor cerebral que a iria matar aos 53 anos de idade. Tinha muitos problemas com o Pai devido ao casamento com Percy, o qual não concordou, perdeu três filhos em tenra idade, teve uma Mãe feminista e um Pai filósofo e uma excelente educação, foi Autora de uma das Personagens mais famosas dos últimos tempos "Frankenstein", e foi amiga junto com seu esposo do irreverente  Lord Byron.


Resumo do conto:  O Mortal Imortal em (Primeira Pessoa) 


16 de julho de 1833, uma data especial para mim, hoje completo 323 anos. Sou um imortal, sim um imortal, mas percebi um fio de cabelo branco no meio de meus cachos castanhos, mas o que é um fio em trezentos anos, sendo que, muitas pessoas jovens chegam aos 20 com os cabelos todo cinza, os séculos passam devagar não é como os  Sete Adormecidos, ouvi dizer que caíram em um profundo sono, e foram acordar depois de 100 anos, assim não seria tão chato 

Venho de uma família pobre e  Bertha, a qual conheço  desde infância também, nossos pais mantinham uma boa relação; mas de repente os pais de Bertha adquiriram uma febre repentina e morreram os dois, meus pais poderiam adotá-la, mas uma velha Senhora, rica e sem filhos, a qual morava em um castelo a adotou e assim, Bertha apesar de muito agraciada de riquezas nunca nos menosprezou.


Cornelius Agrippa, um alquimista, muito desdenhoso e inteligente, perdeu todos os seus assistentes, criados e todos se afastavam dele, por causa de um acidente, e também porque quem fazia experimentos nao era bem quisto, pois muitos consideravam coisas do demônio; e veio o convite, Cornelius me oferecera um saco de ouro para que eu voltasse a ser seu assistente, pois já havia sido seu aluno por um ano antes do acontecido e mesmo temendo essa tentação do diabo eu aceitei.




Todos os dias caminhava  até a casa de meu mestre e junto às águas límpidas encontrava Bertha, mas um dia eu não pude, pois meu mestre pediu me para ajudá-lo  mais , Bertha ficou extremamente irritada e me ameaçava com distrações com outros admiradores aprovados pela  Velha  Senhora Rica, aquilo me deixava triste e Extremamente rancoroso.


Tinha uma quantia considerável, mas ainda não era o bastante  para me casar com Bertha, aceitei ficar com Cornelius, tempo que durou 2 anos, nisso meu mestre estava trabalhando em um experimento, exausto, não dormia a dias e pediu-me para acompanhar o experimento, para que ele pudesse descansar um pouco. 


Eu assistia o líquido esquentar e devaneios vieram na minha mente: "Bertha mulher maldosa, despedaçou meu coração, naquela cavalgada com o  jovem almofadinha   Albert Hoffer e a velha cheia de adereços a acompanhava e passavam pela minha moradia, e talvez até falavam da minha pessoa;  como eu queria não amá-la", e nisso  a poção, perecia pronta ou não, a segurei e a tomei; meu mestre estava acordando, fiquei assustado e deixei o frasco cair e com a mão no meu pescoço, furioso disse que eu havia acabado com o trabalho de uma vida inteira; logo depois se acalmou; ele me disse que não era para beber a poção, mas assim ele nem viu, creio que pensou (perdeu-se).


Já não era mais assistente de Cornelius, e a minha Bertha estava sendo obrigada pela Velha adereçada do  castelo  a se casar e nisso fui visitá-la, e assim Bertha decidiu ficar comigo sem riquezas, mas com a dádiva e felicidade do amor verdadeiro. 





Passaram-se 5 anos, e meu Mestre acamado, pediu para que  fosse visitá-lo, e lá chegando, em sei leito, todo debilitado, falou sobre o elixir, o qual servia  para desapaixonar,  ou seja,  curar  o amor e também para revigorar a saúde, se pelo menos ele tivesse uma gota , a qual parte do que eu bebi, ele viveria para sempre, entendi então, era um elixir da imortalidade, por isso  " nunca me "desapaixonei" de Bertha, e com esses pensamentos assisti a morte de Meu Mestre.







Eu e BERTHA Vivíamos felizes, mas chegou uma época que não via nenhuma ruga em mim, e muito menos cabelos brancos; enquanto minha Bertha sua beleza estava a desvair, não tínhamos filhos apenas um ao outro; Bertha com o passar do tempo foi ficando rabugenta e ciumenta, pois ela envelhecia, mas eu não e todos começaram a se afastarem de nós, pela minha aparência, por eu ter sido assistente de Cornelius, o alquimista diabólico. Nessa fase, Bertha indagou-me, muitas vezes, então disse-lhe toda a verdade.


Ninguém mais comprava produtos de nossa fazenda, eu tinha que viajar longe para vendê-los, mesmo tendo guardado um amonte para dias dificies, e estava muito difícil, resolvi deixar tudo que tínhamos a Bertha e ir embora, não porque ela estava velha, mas porque aquilo não era vida para ela; mas com todo fervor ela me abraçou e disse "Winzy, meu Marido me leva consigo também"; e assim fomos para um lugar na França, seria difícil para ela se ausentar do lugar que sempre esteve desde que nasceu.

Ela fazia tudo para  me acompanhar na aparência, maquiagem, ruges, roupas jovens, e também dizer que eu estava mais velho, com o andar cansado,  e eu concordava. Ela ficou de cama, cuidei dela, nem ao  menos ousei de colocar meus  olhos  em outra Lady e assim  enterrei  o corpo de Minha Bertha, como chorei.


Hoje, Solitário,  eu fico tentando achar um meio para a minha liberdade, que não fosse o suicídio ou pagar para alguém se tornar um homicida;  que minha vida se desprenda dessa imortalidade infinita nesse  mundo obscuro e solitário.



"Livro" 





Possível Análise


O Mortal Imortal escrito em 1833, que nos conta a história de Winzy, um rapaz pobre e apaixonado por Bertha, uma garota também humilde, por causa da morte dos pais,  havia sido adotada por uma protetora nobre.
No desenrolar do conto o Jovem se torna assistente do Alquimista Cornelius, por conta de um provento vantajoso e descobre sem querer o elixir da longa vida; pensando que era a cura do amor,  mas a vida se torna  sem sentido, ao passar dos séculos, pois perdeu o único amor de sua vida e tinha medo de se prender nas pessoas, vivendo assim uma vida solitária.

Nesse sentido, descobrimos que Mary Shelley não foi  uma escritora de terror, mas escreveu sobre os aspectos da vida, tudo centrado  em características da estética literária do Romantica;  o pessimismo do amor impossível, por fatores socio-culturais entre Bertha e Winzy; o amor como pessimismo literalmente; quando por ciúmes O jovem ingere  algo, o qual ele pensava ser um elixir para desapaixonar; a solidão e o pessimismo do casal, após os efeitos da poção surtir em Winzy; o sobrenatural enfatizado pela Figura do Alquimista, o qual na época da descrição do enredo, todo o conhecimento era coisa do demônio; para completar as características Românticas é enfatico no desfechar do conto conta a morte como um anjo libertador de todo o sofrimento.

Por outro lado, os aspectos da vida inseridos no conto tem muito a ver com que a MULHER em qualquer época quer em um companheiro: tais como Amor Verdadeiro, pois Winzy foi uma personagem muito apaixonado por SUA BERTHA, tomou até uma poção, a qual talvez poderia levá-lo à morte, Um homem que cuidasse com carinho da companheira, nas horas de alegrias, tristezas e solidão; fidelidade, pois mesmo com os efeitos da poção, ou seja, os anos se passavam e Winzy aparentava sempre 20 anos, enquanto a esposa envelhecia cada vez mais e mais, o Esposo mesmo assim nem sequer olhava para outra Lady, e foi assim até a morte da Esposa, e pelo enredo foi somente Bertha e  ninguém mais;  assim como BERTHA fez de tudo para parecer mais jovem, não que Winzy se importasse, mas porque Ela  se importava com ele.


Mais sobre o Conto


O Conto apesar da Personagem Principal e Narrador em Primeira pessoa, ser Masculino  tem uma linguagem feminina justamente na composição da personagem; quando uma leitora lê esse conto, pensa em Winzy no homem perfeito, há também características femininas no sentido das vaidades das mulheres, em estarem sempre jovens, mas quem foi o agraciado no conto foi Winzy, para realmente dar ênfase sobre o companheirismo do amor verdadeiro entre a Lady que envelhecia e o Esposo sempre jovem,  e situações desastrosas que esse tipo de relação poderia causar ao casal, se fosse  algo normal, naquela época com certeza o casal nem seria um casal. Há também uma pequena semelhança antagônica sobre a imortalidade com a obra de Oscar Wilde "O Retrato de Dorian Gray", escrito em 1889; as idades são quase iguais, no caso de Winzy 20 anos e Dorian 19, pararam de envelhecer nessas respectivas idades, um amava sua esposa e única esposa o outro não amava ninguém; muitas são as características antagônicas, deixaremos para outro momento . Mary Shelley foi uma escritora que perpetuou seu nome,  e revolucionou seu tempo,  e influência muito na época atual, realmente  Gênio  da Literatura Inglesa e Universal.





Por Lady Hannah

Fontes: Wikipédia, sites biográficos, Sites de literatura Inglesa

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